barqueiros que se achavam
indolentes,
recostados
nas pedras.
Dirigiu-se
ao primeiro:
– Queres,
meu bom amigo, levar-me para a outra margem do rio?
Respondeu
o interpelado, com voz triste, cheio de angústia:
– Não
posso, menino! É impossível para mim!
O Amor
recorreu, então, ao segundo barqueiro, que se divertia em
atirar pedrinhas no
seio tumultuoso da
correnteza.
– Não. Não
posso – recusou secamente.
O terceiro
e último barqueiro, que parecia o mais velho, não
esperou que o Amor viesse
pedir-lhe auxílio.
Levantou-se,
tranqüilo, e, estendendo-lhe, bondoso, a larga mão
forte, disse-lhe:
– Vem
comigo, menino! Levo-te sem demora para o outro lado.
Em meio a
travessia, notando o amor a segurança com que o velho
barqueiro barquejava,
perguntou-lhe:
– Quem és
tu? Quem são aqueles dois que se recusaram a atender
ao meu pedido?
– Menino –
respondeu, paciente, o bom remador
-o
primeiro é o Sofrimento; o segundo é o Desprezo.
Bem sabes
que o Sofrimento e o Desprezo não fazem passar o
Amor!
– E tu,
quem és, afinal?
– Eu sou o
Tempo, meu filho – atalhou o velho barqueiro.
– Aprende
para sempre a grande verdade.
Só o Tempo
é que faz passar o Amor!
E
continuou a remar, numa cadência certa, como se o movimento
de seus braços
possantes fosse regulado
por um pêndulo invisível e eterno.
Sofrimento,
desprezo… Que importa tudo isso ao
coração Apaixonado?
O Tempo, e
só o Tempo, é que faz passar o Amor.
Gostou
do texto? Deixe seu comentário abaixo! Sua opinião é muito importante para nós
e possibilita a edição de assuntos voltados cada vez mais para os seus
interesses.
Boa Leitura
E você poderá ir muito mais longe
para fazer milhares de novos e conscientes leitores.
Idealizadores do Projeto: Profª
Socorro Nepomuceno e Adm. Carlos Augusto Nepomuceno.
Contatos: 85-9.8816.9580 e
9.8592.8947 – cirandadaleitura@gmail.com –
cirandaliterariabysocorronepomuceno.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário