segunda-feira, 16 de abril de 2018

A EDUCAÇÃO DOS FILHOS

O melhor presente é estar presente


A Anita devia ter uns cinco anos quando saiu com essa: Pai, você já notou que os brinquedos são muito mais legais na loja e nas propagandas do que na nossa casa?. Tadinha. Lá em casa, os brinquedos não voam, como na televisão. Lá em casa, os brinquedos não são brilhantes e plastificados, como na loja. Interessante como a Anita levou só cinco anos pra descobrir que a gente gosta mesmo é do ato de comprar: depois que a gente tem, perde a graça.
Foi então que a gente começou a tentar fazer nossos próprios brinquedos. Começamos a guardar as caixas de papelão. Uma virou casinha, outra virou um foguete todo pintado. Usamos folhas de papel em branco para fazer nossos próprios jogos de tabuleiro. Criamos um caminho, caiu na casa da Galinha Pintadinha tem que cantar uma música. Caiu na casa da professora Isabela tem que contar até três em francês. “Un, deux, trois!”, diz a Anita, pra andar três casas com o peão feito de tampa de garrafa pet.
Pai fresco, sempre achei que comprar presentes substituiria meu tempo ausente. Trabalhava muito, então sempre levava uma lembrancinha das viagens, um livro de princesa, um coelhinho de pelúcia inofensivo. Mas três coisas aconteciam: um, os brinquedos não substituíam a minha ausência (spoiler: nada substitui sua ausência, pai); dois, minha filha ficava acostumada a sempre ganhar alguma coisa e, quando eu chegava, só perguntava do presente; e três, ela brincava com o presente por uns dois segundos, pra o deixar abandonado em algum canto da casa.
Aprendi o seguinte: os brinquedos mais divertidos são os mais simples. Uma cartela de adesivos representa horas de diversão ao custo de cinquenta centavos. Um palito, uma vez lá em casa virou varinha de condão, espada, arma de raio laser e foi a grande sensação do Natal (ao custo de zero reais). Mas nada deixa as crianças mais animadas do que jogá-las para o alto e pegá-las antes de caírem no chão. Será uma eternidade de “de novo!”, ao custo de um mau jeito nas costas.
A Anita vai crescendo e, eventualmente, se deixando seduzir por brinquedos mais caros. Ela veio esses dias com um papo de que queria um Apple Watch, ia ganhar dinheiro das duas avós no Natal, juntar com um dinheiro antigo, vender uns tênis velhos na internet pra poder comprar. Fomos na loja ver aquela coisa, ela mexeu por uns dois minutos pra sentenciar: “Que coisa mais sem graça, pai. Vamos embora”.
A capacidade de entender que algo é melhor na propaganda do que na vida real talvez tenha sido meu melhor presente pra ela.
Tive que viajar para uma palestra e no evento ganhei um macaquinho de pelúcia. “Dá de presente pras suas filhas”, me disse a contratante, superbem intencionada. Eu agradeci. Mas no avião, voltando pra casa, passou pela minha cabeça o que ia acontecer quando chegasse em casa: minhas duas filhas iriam brigar pelo macaco, eu diria que era um presente para as duas, a mais nova iria chorar, a mais velha iria agarrar o macaco, eu diria pra mais velha deixar a mais nova brincar, a mais velha iria chorar, a mais nova ficaria com o macaco por trinta segundos para então abandoná-lo no meio da sala, a mais velha continuaria chorando porque fui injusto com ela.
Olhei para um pai que estava com um bebê no colo. “Tó, de presente pra você e seu filho”.
Ele agradeceu, surpreso. Espero que ele saiba: nada substitui sua presença, pai. 
Marcos Piangers

terça-feira, 27 de março de 2018

UM SIMPLES CONSELHO

Certa vez um jovem muito rico foi procurar um rabi para lhe pedir um conselho. Toda a fortuna que possuía não era capaz de lhe proporcionar a felicidade tão sonhada. Falou da sua vida ao rabi e pediu ajuda.
Aquele homem sábio o conduziu até uma janela e lhe pediu para que olhasse para fora com atenção, e o jovem obedeceu.
– O que você vê através do vidro, meu rapaz?
– Vejo homens que vêm e vão, e um cego pedindo esmolas na rua.
Então o homem lhe mostrou um grande espelho e novamente o interrogou:
– O que você vê neste espelho?
– Vejo a mim mesmo, disse o jovem prontamente.
– E já não vê os outros, não é verdade?
E o sábio continuou com suas lições preciosas:
– Observe que a janela e o espelho são feitos da mesma matéria prima : o vidro. Mas no espelho há uma camada fina de prata colada ao vidro e, por essa razão, você não vê mais do que a sua própria pessoa. Se você se comparar a essas duas espécies de vidro, poderá retirar uma grande lição. Quando a prata do egoísmo recobre a nossa visão, só temos olhos para nós mesmos e não temos chance de conquistar a felicidade efetiva. Mas quando olhamos através dos vidros limpos da compaixão, encontramos razão para viver e a felicidade se aproxima.
Por fim, o sábio lhe deu um simples conselho:
– Se quiser ser verdadeiramente feliz, arranque o revestimento de prata que lhe cobre os olhos para poder enxergar e amar aos outros. Essa é a chave para a solução dos seus problemas. Se você também não está feliz com as respostas que a vida tem lhe oferecido, talvez fosse interessante tentar de outra forma. Muitas vezes, ficamos olhando somente para a nossa própria imagem e nos esquecemos de que é preciso retirar a camada de prata que nos impede de ver a necessidade à nossa volta. Quando saímos da concha de egoísmo, percebemos que há muitas pessoas em situação bem mais difícil que a nossa e que dariam tudo para estarem nosso lugar. E quando estendemos a mão para socorrer o próximo, uma paz incomparável nos invade a alma. É como se Deus nos envolvesse em bênçãos de agradecimento pelo ato de compaixão para com Seus filhos em dificuldades.
Ademais, quem acende a luz da caridade, é sempre o primeiro a beneficiar-se dela.

quinta-feira, 22 de março de 2018

Receita da Dona Suzete

Dona Suzete é uma senhora de 92 anos, miúda, e tão elegante, que todo o dia, às 8 da manhã ela já está toda vestida, bem penteada e discretamente maquiada, apesar de sua pouca visão. E hoje ela se mudou para uma casa de uma filha o marido, com quem ela viveu 70 anos, morreu recentemente, e não havia outra solução.
Depois de esperar pacientemente por duas horas na sala de visitas, ela ainda deu um lindo sorriso quando a enfermeira que cuidava dela veio dizer que seu quarto estava pronto. Enquanto ela manobrava o andador em direção ao quarto, eu dei uma descrição do seu pequeno quartinho, inclusive das cortinas de tecido florido que enfeitavam a janela. Ela me interrompeu com o entusiasmo de uma a garotinha que acabou de ganhar um filhote de cachorrinho.
“Ah, eu adoro essas cortinas.”
“Minha Avó Suzete, a senhora ainda não viu seu quarto, espera mais um pouco.”
“Isso não tem nada a ver, ela respondeu, felicidade é algo que você decide por princípio. Se eu vou gostar ou não do meu quarto, não depende de como a mobília vai estar arrumada. Vai depender de como eu preparo a minha expectativa. E eu já decidi que vou adorar. É uma decisão que tomo todo dia quando acordo. Sabe, eu posso passar o dia inteiro na cama, contando as dificuldades que tenho em certas partes do meu corpo que não funcionam bem ou posso levantar da cama agradecendo pelas outras partes que ainda me obedecem.”
“Simples assim?”
“Nem tanto; isso é para quem tem autocontrole e exigiu de mim um certo ‘treino’ pelos anos a fora, mas é bom saber que ainda posso dirigir meus pensamentos e escolher, em conseqüência, os sentimentos.”
Calmamente ela continuou:
“Cada dia é um presente; e, enquanto meus olhos se abrirem, vou focalizar o novo dia, mas também as lembranças alegres que eu guardei para esta época da vida. A velhice é como uma conta bancária: você só retira aquilo que guardou. Então, meu conselho para você é depositar um monte de alegrias e felicidades na sua ‘Conta de Lembranças’. E aliás, obrigada por este seu depósito no meu Banco de Lembranças. Como você vê, eu ainda continuo depositando e acredito que, por mais complexa que seja a vida, sábio é quem a simplifica.”
Depois me pediu para anotar:
1. Jogue fora todos os números não essenciais para sua sobrevivência. Isso inclui idade, peso e altura. Deixe seu médico se preocupar com eles. Para isso ele é pago.
2. Freqüente, de preferência, seus amigos alegres. Os “baixo-astrais” puxam você para baixo.
3. Continue aprendendo. Aprenda mais sobre computador, artesanato, jardinagem, qualquer coisa. Não deixe seu cérebro desocupado. Uma mente sem uso é a oficina do diabo. E o nome do diabo é Alzheimer.
4. Curta coisa simples.
5. Ria sempre, muito e alto. Ria até perder o fôlego; ria para você mesma no espelho, ao acordar e que o sorriso seja sua última ‘atitude’ antes de dormir.
6. Lágrimas acontecem. Aguente, sofra e siga em frente. A única pessoa que acompanha você a vida toda é você mesmo. Esteja vivo enquanto você viver e seja uma boa companhia para si mesmo.
7. Esteja sempre rodeado daquilo de que você gosta: pode ser família, animais, lembranças, música, plantas, um hobby, o que for. Seu lar é o seu refúgio, sua mente seu paraíso.
8. Aproveite sua saúde. Se for boa, preserve-a. Se está instável, melhore-a da maneira mais simples: caminhe, sorria, beba água, ore, veja comédias, leia piadas ou histórias de aventuras, romances e comédias.
9. Não faça viagens de remorsos. Viaje para o shopping, para cidade vizinha, para um país estrangeiro, pega carona numa cauda de cometa, imagine os mais diversos objetos formados pelas nuvens no céu, mas evite as viagens ao passado, pois você pode ficar retido na estação errada. Escolha as lembranças que quer ter; não se deixe dominar por elas ou perderá o direito à escolha.
10. Diga a quem você ama que você realmente o ama, e diga isso em todas as oportunidades, através do olhar, do toque, das palavras, das ações diárias e do carinho. Seja feliz com seu próprio sentimento e não exija retribuição; você terá, de graça, o que o outro sentir; nada mais, nada menos.
Autor: Carlos Augusto (Dedicada a minha avó, Suzete Alves Nepomuceno)

sexta-feira, 9 de março de 2018

LILI E A SOGRA (LENDA CHINESA)

Há muito tempo, uma menina chamada Lili se casou e foi viver com o marido e a sogra. Depois de algum tempo, passou a não se entender com a sogra.
Personalidades muito diferentes, Lili se irritava com os hábitos dela, criticando-a freqüentemente.
Meses se passaram e Lili e sua sogra, cada vez mais, discutiam e brigavam. De acordo com a antiga tradição chinesa, a nora tinha que se curvar à sogra e obedecê-la em tudo.
Lili, já não suportando mais conviver com a sogra, decidiu tomar uma atitude e foi visitar um amigo de seu pai. Depois de ouvi-la, ele pegou um pacote de ervas e lhe disse:
– Vou lhe dar várias ervas que irão envenenar lentamente sua sogra. Você não poderá usá-las de uma só vez para se livrar dela, porque isso causaria suspeitas. A cada dois dias, ponha um pouco destas ervas na comida dela. Agora, para ter certeza de que ninguém suspeitará de você quando ela morrer, você deve ter muito cuidado e agir de forma muito amigável. Nunca discuta, e a ajudarei a resolver seu problema, mas você tem que me escutar e seguir todas as instruções que eu lhe der.
– Sim, Senhor Huang, eu farei tudo o que o senhor me pedir – respondeu Lili.
Lili ficou muito contente, agradeceu ao Senhor Huang e voltou apressadamente para casa, para dar início ao projeto de assassinar sua sogra. Semanas se passaram e, a cada dois dias, Lili servia a comida “especialmente tratada” à sua sogra. Ela sempre se lembrava do que o Senhor Huang havia recomendado sobre evitar suspeitas e, assim, controlou o seu temperamento, obedecendo à sogra e tratando-a como se fosse sua própria mãe.
Depois de seis meses, a casa inteira estava com outro astral.
Lili tinha controlado o seu temperamento e quase nunca se aborrecia. Durante esse tempo, ela não teve discussões com a sogra, que agora parecia mais amável e mais fácil de lidar. As atitudes da sogra também mudaram, e elas passaram a se tratar como mãe e filha.
Um dia, Lili novamente foi procurar o Senhor Huang para lhe pedir ajuda e disse:
– Querido Senhor Huang, por favor, me ajude a evitar que o veneno mate minha sogra. Ela se transformou numa mulher agradável, e eu a amo como se fosse minha mãe! Não quero que ela morra por causa do veneno que eu lhe dei. Por favor, Senhor Huang, me ajude!
O senhor Huang sorriu e acenou com a cabeça.
– Lili, não precisa se preocupar. As ervas que lhe dei eram vitaminas para melhorar a saúde dela. O veneno estava na sua mente e na sua atitude, mas foi jogado fora e substituído pelo amor que você passou a dar a ela. Na China, existe uma regra dourada que diz:
“A pessoa que ama os outros também será amada!”
Lembre-se sempre:
“O plantio é opcional, mas a colheita é obrigatória. Por isso, tenha cuidado com o que planta!”.

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

O que eu gostaria de ser

Na sala de aula, a professora pediu aos alunos que fizessem uma redação com o título “O que eu gostaria de ser”. O tema era livre: as crianças poderiam ser um personagem, um objeto, uma pessoa ou um animal…
Já em casa quando corrigia as redações dos seus alunos, deparou-se com uma que a surpreendeu. O marido entrou na sala nesse momento e, vendo-a chorar, perguntou o que havia acontecido. Ela apenas lhe entregou a redação e pediu que lesse.
O marido começou a ler:
“Eu queria ser uma televisão. Quero ocupar o espaço dela, viver como ela vive.
Ter um lugar especial para mim e conseguir reunir a minha família ao meu redor.
Ser levado a sério quando falar, ser o centro das atenções e ser escutado sem interrupções e perguntas.
E se eu estiver calado, quero receber a mesma atenção que a televisão recebe quando não funciona.
Ter a companhia do meu pai quando ele chega em casa, mesmo cansado.
Que a minha mãe me procure quando estiver sozinha e aborrecida, em vez de me ignorar.
Que os meus irmãos briguem para poderem estar comigo!
Quero sentir que a minha família deixa tudo de lado de vez em quando, para passar alguns momentos comigo.
Por fim, como a televisão faz, quero poder divertir a todos de minha família.
Se eu fosse uma TV, eu viveria com a mesma intensidade que a televisão da minha casa vive.”
Ao terminar de ler, o marido emocionado diz para a esposa:
– Meu Deus, coitado desse menino… que pais que ele tem!
A professora olhou bem nos olhos do marido e disse chorando:
– Essa redação é do nosso filho!

O LÁPIS

              O lápis
O menino observava seu avô escrevendo em um caderno, e perguntou:
— Vovô, você está escrevendo algo sobre mim?
O avô sorriu,
e disse ao netinho:
— Sim, estou escrevendo algo sobre você.
 Entretanto, mais importante do que as palavras que estou escrevendo,
é este lápis que estou usando.
Espero que você seja como ele, quando crescer.
O menino olhou para o lápis, e não vendo nada de especial, intrigado, comentou:
— Mas este lápis é igual a todos os que eu já vi.
 O que ele tem de tão especial?
— Bem, depende do modo como você olha.
Há cinco qualidades nele que, se você conseguir vivê-las, será uma pessoa de bem e em paz com o mundo, respondeu o avô.
— Primeira qualidade:
assim como o lápis,
você pode fazer coisas grandiosas,
 mas nunca se esqueça de que existe uma  "mão"  que guia os seus passos,
e que sem ela o lápis não tem qualquer utilidade:
a mão de Deus.
— Segunda qualidade:
assim como o lápis,
de vez em quando você vai ter que parar o que está escrevendo,
e usar um "apontador".
Isso faz com que o lápis sofra um pouco, mas ao final, ele se torna mais afiado. Portanto, saiba suportar as adversidades da vida, porque elas farão de você uma pessoa mais forte e melhor.
— Terceira qualidade:
assim como o lápis,
permita que se apague o que está errado.
Entenda que corrigir uma coisa que fizemos não é necessariamente algo mau,  mas algo importante para nos trazer de volta ao caminho certo.
— Quarta qualidade:
assim como no lápis,
o que realmente importa não é a madeira ou sua forma exterior, mas o grafite que está dentro dele.
Portanto, sempre cuide daquilo que acontece dentro de você.
O seu caráter será sempre mais importante que a sua aparência.
— Finalmente, a quinta qualidade do lápis:
Ele sempre deixa uma marca.
Da mesma maneira, saiba que tudo que você fizer na vida deixará traços e marcas na vida das pessoas, portanto, procure ser consciente de cada ação, deixe um legado, e marque positivamente a vida das pessoas.
(DEUS  te  Abençoe!)

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

ATITUDES DE UM VENCEDOR, DÊ O MELHOR DE VOCÊ

Às vezes as pessoas são egocêntricas, ilógicas e insensatas…
Perdoe-as assim mesmo.
Se você é gentil, as pessoas podem acusá-lo de egoísta e interesseiro…
Seja gentil assim mesmo.
Se você é um vencedor, terá alguns falsos amigos e alguns inimigos verdadeiros…
Vença assim mesmo.
Se você é honesto e franco, as pessoas podem enganá-lo…
Seja honesto e franco assim mesmo.
O que você levou anos para construir, alguém pode destruir de
uma hora para outra…
Construa assim mesmo.
Se você tem paz e é feliz, as pessoas podem sentir inveja…
Seja feliz assim mesmo.
O bem que você faz hoje pode ser esquecido amanhã…
Faça o bem assim mesmo.
Dê ao mundo o melhor de você, mas isso pode nunca ser o bastante…
Dê o melhor de você assim mesmo.
E veja você que, no final das contas…
É entre VOCÊ e VOCÊ…
Nunca foi entre você e eles!